Antigamente se dizia que Domingo era dia de futebol.
Pois aqui no meu blog ainda é.
Todo Domingo vou contar coisas que vi quando ia quase sempre duas vezes por semana aos estádios; nos anos 60, 70 e inicio dos 80.
A primeira vez que fui sozinho num jogo de futebol (antes só tinha ido com meu cunhado) foi em Fevereiro de 1968. Lembro-me da data, pois naquela noite estava marcado o churrasco de aniversário do meu pai (22 de Fevereiro).
Na verdade não fui sozinho, eu só tinha onze anos, e fui com um amigo bem mais velho que eu; Marcelo Artacho que tinha uns doze ou treze! Além do Marcelo foram dois amigos dele, também mais velhos (treze ou quatorze).
O jogo era da Copa Libertadores, Palmeiras e Deportivo Galícia (Venezuela?), se não me engano.
Alguém nos deixou na porta e depois iríamos voltar a pé para a casa do Marcelo, perto da Augusta com Estados Unidos.
No intervalo, caiu um temporal, cada um foi para um lado e eu fiquei sozinho (agora sozinho mesmo!).
Não me incomodei, achei que no fim do jogo eu os encontraria no portão de saída. Só não sabia que o Pacaembu tinha uns dez!
O jogo foi muito bom, vi o Djalma Santos, levantando a bola para sair das poças de água, que classe!
O Palmeiras ganhou (4 a 1 ou 4 a 2).
Na saída nada de encontrar o pessoal, esperei olhando atentamente e nada. Fiquei lá quase uma hora e comecei a achar que a coisa estava ficando feia.
Ainda fiquei lá mais um tempo e vi os jogadores saindo do vestiário e entrando no ônibus. Lá estavam, Dudu, Ademir, Valdir, Djalma Santos entre outro, que legal vê-los de perto!
Depois disso é que caiu a ficha...
Como voltar para casa, sem dinheiro, e sem celular? (celular, nem em ficção!).
Fui andando até a Rebouças e passei no Apartamento de um dos amigos “mais velhos” e ele não estava. Pensei em ir até a casa da tia Zeni ali perto da Rua Pinheiros. Quando cheguei lá, vi que já tinha ido metade do caminho. Então continuei e fui a pé até a Rua Jacurici, onde morava (no prédio Liceu Eduardo Prado).
Cheguei lá quase oito da noite (o jogo tinha terminado as cinco), e ninguém tinha notado minha falta. Todos pensando que eu estava com meu “responsável”. Ele ficou quietinho, e só se acalmou quando chegou com seus pais para o churrasco!
Realmente, essa primeira vez, não dá para esquecer!
Pacaembú em dia de chuva... como o do dia da estória.
domingo, 4 de janeiro de 2009
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