quarta-feira, 16 de novembro de 2016

“Tá lá um corpo estendido no chão...”

Hoje cedinho quando cheguei ao clube para dar aulas, a minha amiga secretária “faz-tudo” me chamou e disse que havia sonhado comigo.
“Então foi um pesadelo?”. 
O que sempre pergunto quando dizem que sonharam comigo, principalmente as mulheres.
Para meu espanto ela disse: “Foi mesmo!” 
“Conta aí, então...”
“Você matou um cara!”.
Como assim?
Logo eu, que nem sei o que é dar um soco ou um tapa em alguém, pois nunca fiz isso no meus quase sessenta anos de vida! (tá chegando!)
Ela continuou:
“Era alguém com quem você já tinha uma “rixa”; ele entrou na quadra e começou a discutir com você.
Você pedia para tirarem ele de lá, pois estava ficando nervoso.
De repente, você matou o cara”.
Matei!!!!
“Sim, não sei como, mas você matou o cara!”
O pior, veio no fim da história, e o que mostrou que no sonho eu era um psicopata frio:
“Eu nervosa, ligando para o PS para ver se salvava o sujeito, e você continuava lá, dando sua aulinha sossegado, como se nada tivesse acontecido, com o corpo da vítima no chão”
Realmente, sonhos são indecifráveis!

“No meu carro ninguém mexe!”

Nos últimos dez anos organizei dezenas de almoços e encontros de ex alunos, professores e funcionários do Liceu Eduardo Prado, escola em que meu pai foi diretor/proprietário por quase de vinte anos.
Mas na verdade eu gosto mesmo quando sou convidado para algum encontro, sem ter que organizá-lo.
Certa vez fui a um desses em São Paulo. Uma pequena turma do Científico (isso é velho!) ia se reunir e fui convidado.
Fui até a Capital no meu Fiat UNO Mille, empoeirado pelas estradas de terra do interior, sem vidro elétrico, sem ar condicionado ou “air-bag” e também quase sem gasolina, porque para variar era uma época de “vacas magras”.
Chegando lá, estacionei meu veículo pertinho do restaurante, preterindo os “vallets”, para economizar mais uma graninha.
Fui um dos primeiros a chegar e fiquei conversando com dois amigos no bar do restaurante, enquanto os outros iam entrando aos poucos.
Cada um que chegava era uma festa, alguns de nós não nos víamos desde a formatura, em 1974.
A turma foi crescendo e quando éramos uns onze ou doze, sentamos à mesa depois de uns aperitivos.
Minhas amigas estavam lindas, parecia que o tempo não havia passado para aquelas “meninas” do colégio, agora cincoentonas.
Não ligo muito para “status”, grana ou o que cada um faz ou tem, mas reparei que dos onze ou doze que ali estavam, uns oito ou nove eram bem ricos. É claro, que dos duros, eu era o melhor exemplar.
A conversa andava animada.
Viajei para Paris, Nova Iorque, Londres, Taiti...
Fui de Navio até a Antártida e Antártica!
“Cirque Du Soleil” em Las Vegas...
E eu, que mal “viajava” para Arthur Nogueira ou Santo Antonio de Posse, estava lá, de um trópico ao outro e sem precisar de passaporte ou visto!
De repente, um amigo, super simpático comentou:
“Você mora em Jaguariúna, não é? Quero ir um dia no seu Hotel” (fiz a ressalva: “do meu pai!”).
“Pois será um prazer”, eu disse.
“Tem lugar para pousar meu helicóptero?”, perguntou...
Depois da sobremesa e do cafezinho, achei que era hora de dizer tchau...
Tinha uma viagem de quase duas horas até Holambra no meu “Uninho”, mas do ano!
Perguntei discretamente pela conta e fui informado que um dos colegas havia pago a despesa de todos.
“Caraca!”, virei prá ele e disse, “Não faça isso... da próxima vez me avise, trago minha mulher e minhas filhas!”, gargalhada geral na mesa que começou a esvaziar.
No fim, na rua, em frente ao restaurante estávamos eu mais cinco “colegas” esperando os carros, que eram trazidos pelos “vallets”.
Entre uma reluzente perua Volvo e um Mercedes “úrtimo tipo”, como dizia meu tio, um dos manobristas pergunta:
“Qual é seu carro? Seu ticket...”
Rápido e rasteiro respondi:
“Obrigado, mas meu carro só eu dirijo!”

Na foto: esse Uninho da foto é só para ilustrar. O meu era igualzinho, mas com certeza estaria mais empoeirado...


“Sonho adolescente”

Segundo estudos, sonhamos todas as noites. 

Na maioria das vezes não nos lembramos.Eu realmente sonho muito, e também na maioria das vezes não lembro deles.Porém, na minha vida tive alguns sonhos dos quais me lembro até de detalhes e outros recorrentes.Durante anos sonhei que via aviões caindo. Sempre (nos sonhos) vendo a queda do apartamento que morei de 1960 a 1971. É que na realidade os aviões passavam bem em cima do prédio, que tinha um enorme luminoso com letras vermelhas no último andar, e os pilotos o tinham como referencia para pouso em Congonhas. Numa outra época, uma menina da faculdade também freqüentou meus sonhos durante anos, mesmo sem vê-la há muito tempo.Alguns sonhos eram de terror, uns de comédia, uns eróticos e agora, o “cômico-erótico”!Numa dessas noites sonhei com uma linda amiga dos tempos de Ginásio. Na verdade, até hoje ela continua demais!Ao certo não identifiquei onde estávamos (no sonho!): no apartamento do Liceu (o da rota dos aviões), no da Arthur Ramos, na casa da vila ou já no Duas Marias.Uma coisa que me lembro é que os personagens já eram os cincoentões de hoje.Sei que as coisas estavam quentes.Ela linda, de lingerie laranja brilhante... (putz... “óia” o detalhe que o sub-consciente me faz lembrar! Será que tem alguma simbologia?).Depois das preliminares, quando já estávamos entrando nos “finalmentes”, ouço um barulho da sala...O que era?Eram meus pais! Chegaram de viagem antes da hora! Sem avisar!Acordei frustrado… mais uma vez!

“Pequenos momentos, grandes lembranças...”

Eu tenho uma memória ótima, e melhor, ultimamente cada vez mais seletiva; só guardo as coisas boas, “deleto” as ruins!
Não sei se vocês têm isso, mas eu guardo pequenos detalhes de alguns momentos. Nem sempre algo que tenha mudado o curso da minha vida.
Coisas simples, do dia a dia. Muitas vezes com pessoas com quem nem tenho ou tive relacionamento e muitas vezes com quem tive ou queria ter...
Com meninas então, são várias histórias. Eu poderia escrever aqui dezenas, mas lá vão apenas três.
Com certeza elas nem lembram...
Quando eu tinha uns catorze anos conheci uma menina na escola, amiga de uma amiga. Sempre me chamara atenção, mas por dois motivos distintos: era linda e eu a achava esnobe, antipática.
Mudei de opinião menos de dez minutos depois de conhecê-la pessoalmente. Foi numa Feira de Ciencias da escola, que era enorme, um acontecimento cientifico e ótimo para paqueras.
Fiquei tão impressionado com meu pré julgamento errado, que dei para ela uma pulseira que eu mesmo fazia, com cápsulas de “bala” 32 deflagradas (que romântico!)
Na ocasião, me lembro como se fosse ontem (“ok”... antes de ontem!), ela disse que gostava da musica “Mexican Divorce”, sucesso na época.
Foi o suficiente para me lembrar dela até hoje quando escuto essa canção, apesar de nunca mais nos falarmos.
Outra vez, alguns anos depois, indo para a faculdade em Mogi das Cruzes, uma amiga muito “especial” que ia comigo na “Margarida Paula Regina” (minha Brasília), pediu para eu passar rapidinho no dentista para um pequeno ajuste no aparelho(sim, usava aparelho!). Claro, o que eu não faria por ela!
Parecia uma cena de filme.
Eram sete da matina num sábado de Inverno e uma neblina cobria as ruas da Lapa.
Parei o carro quase na frente e ela desceu a caminho do consultório.
Fiquei parado dentro do carro, quase hipnotizado, a medida que ela ia se afastando.
Olhando de longe aquela "Italianinha" de cabelos pretos compridos e esvoaçantes, calça jeans e um casaco cinza até os joelhos, achei:
”Fui fisgado!”
Pena que ela não “achou”...
Em 1974, estava numa festa dessas que fazíamos em garagens ou nos salões de prédio e encontrei uma linda menina, talvez uma das bonitas do Liceu Eduardo Prado.
Morena, de franjinha, com um sorriso cativante e super simpática.
Estávamos numa rodinha de meia dúzia de adolescentes e eu, como sempre muito tímido, apenas a acompanhava a certa distancia, sem coragem de convidá-la para dançar.
Então, começou tocar uma das musicas de maior sucesso da época, dançante e envolvente.
Não sei como, de repente me vi dançando com ela, a menina mais bonita do pedaço!
Para minha sorte, a música além de envolvente, não sei se lembram, era longa; o que me proporcionou mais uns dois minutos desfrutando da sua companhia.
A música?
“Your song”, versão de Billy Paul.
Hoje, quando recebi a noticia da morte do cantor, lamentei.
Mas como sempre acontece quando escuto essa musica, me lembrei da morena de franjinha... Mais uma vez!
Então, afaste os sofás, enrole o tapete e dance ao som de Billy Paul!

https://youtu.be/22jMZdBUzDI


“O trólebus, o jornal e a linha “602”... ”

Essa foto dos passageiros lendo jornal no trem, me remeteu aos anos 70 mais precisamente 77, 78 e 79.
Naqueles anos eu estudava Arquitetura em Mogi das Cruzes e aos sábados tinha aulas no período da manhã.
Durante a semana freqüentava o curso no período vespertino, ou como diziam, curso “espera marido” (no meu caso seria “espera esposa”?)
Em 1976 e até meados de 77 eu ia com “Margarida Paula Regina” * (1).
A partir do final de 1977, quando vendi meu carro, voltava de ônibus ou carona.
Quando voltava de ônibus intermunicipal ou numa carona que não viesse para perto do Itaim - Bibi onde morava, descia na estação Tiete e então pegava o metrô até a estação São Bento.
De lá tomava um ônibus que me deixasse na Augusta. Aí, almoçava num bar no Conjunto Nacional que tinha uma picanha com arroz e fritas delicioso, ou na maioria das vezes, um parmegiana com fritas no Frevo da Oscar Freire.
Depois de devidamente alimentado, pegava na Rua Augusta, o “busão” da linha “602” (Jóquei),que me deixava quase na porta de casa.
O mais marcante nos ônibus daquela linha eram os passageiros.
A maioria deles era de freqüentadores do hipódromo e usavam a linha para chegar ao Jóquei Clube, onde ficava o ponto final.
O “suspensório” * (2) descia a Rua Augusta, continuava na reta da rua que muda de nome... Rua Colômbia, Avenida Europa e finalmente Avenida Cidade Jardim. No trajeto iam embarcando muitos senhores que tinham a esperança de cravar um ou outro cavalo vencedor de algum páreo e se livrar das dívidas, normalmente contraídas justamente para ter uma graninha para as apostas.
O Renato Corte Real contava que o pai dele ia todos os anos, no dia de finados, depositar flores na escada do portão de entrada do Jóquei. Dizia que ali estava enterrado todo seu dinheiro!
No silencio daqueles saudosos ônibus elétricos, sem motor à combustão, eu reparava nos tipos.
Nas várias viagens que fiz entre a Augusta e o Itaim- Bibi, percebi que existia certo padrão naqueles homens.
Quase todos tinham entre cinqüenta e sessenta anos e cabelos grisalhos.
De camisa social e um surrado paletó, cuidadosamente dobrado num dos braços completando o traje obrigatório nos anos dourados.
Um guarda-chuva, já que em São Paulo nunca se sabe o que pode acontecer com o clima...
O jornal “Estadão”, aberto na página do turfe e dobrado de forma que pudessem anotar as barbadas ou “zebras”, com dicas que vinham através do radinho de pilha colado ao ouvido.
A atenção nas dicas era tanta, que nem levantavam a cabeça quando o ônibus dava aquela tradicional parada e o motorista descia para colocar as “alavancas” coletoras de energia que escapavam da rede elétrica, no lugar. Continuavam ligadíssimos no jornal e no radinho.
Não se falavam, apesar de eu achar que a maioria se conhecia de longa data.
Quando o ônibus chegava à esquina da Avenida Cidade Jardim com Rua Mario Ferraz eu descia.
Até hoje tenho uma dúvida na cabeça: será que algum daqueles senhores conseguiu sair daquela arapuca?
*(1) – “Suspensório” era o apelido dos trólebus, devido às “antenas” ligadas a força.
*(2) – “Margarida Paula Regina” era o nome da minha Brasilia bege, 1976.

"Picasso's (and Macedo's) last words..." (escrito e gravado em 2015)

Na manhã de quarta feira, 28 de janeiro último, meu pai amanheceu inconsciente. Depois de levado para hospital foi verificado um coágulo na cabeça, muito provavelmente causado por uma queda dias antes.
Depois desse dia, passou mais de 40 dias no hospital e veio a falecer no dia 17 de Março.
Mas na terça feira, dia 27 de Janeiro á noite, enquanto minha mãe jogava uma tranca com as amigas, o "safadinho" foi até a cozinha, abriu o freezer, pegou três cubinhos de gelo de água de coco.
Foi para sua sala de TV, sentou-se na poltrona preferida, abriu a garrafa de Johnny Walker e tomou umas boas doses.
Talvez ali, despedindo-se de um dos seus maiores prazeres.
Uma boa dose de J.W. com três, sim sempre três cubinho de gelo de água de coco e seu copo preferido, o reto.
Eu sempre dizia: "mas o copo é redondo!".
"Voce entendeu, pega logo".
Nesse dia, faltou alguém para uma boa prosa.
Foi mais ou menos como Picasso falou nas sua últimas palavras:
“Drink to me, drink to my health, you know I can’t drink anymore...”
Descanse em paz...
(Paul McCartney fez essa música, que eu agora assassino...)

“Meu pai e o relógio”

Nos anos 60, nos dias de formatura no anfiteatro do Liceu Eduardo Prado o ritual era sempre o mesmo.
Bem antes da hora meu pai já estava lá vendo se tudo estava em ordem.
Quando faltavam uns dez minutos para o inicio da cerimônia, chamava os Professores e diretores para tomarem seus lugares no palco, que tinha a cortina fechada.
Apesar de alguns Professores e diretores alertarem que nem todos os pais e alunos estivessem lá, pontualmente, na hora marcada há mais de seis meses, ele pedia para o eletricista Antonio Maria Pires, que cuidava da luz, som do teatro, para abrir a cortina.
Era uma correria!
Suas primeiras palavras eram: “em respeito aos pais, alunos e professores que chegaram no horário, dou como aberta a cerimônia de formatura do curso...”.
Ele sempre falava, e escreveu no seu livro que a razão daquele grande relógio em cima do prédio da escola era para dar uma sensação de exatidão e pontualidade.
Era pontual tanto nos seus compromissos de negócios, como num chopp no “Bolinha”. Marcava hora, estava lá!
Sua mania com pontualidade era exemplar... e cruel!
Íamos para Campinas quase todos finais de semana. Almoçávamos ora na casa da Vó Maria, ora na da Vó Emilia.
Mas era praxe, meu pai saia rumo a São Paulo sempre às 16 horas; nem mais, nem menos.
Se estivéssemos no cinema, na sessão das duas, perdíamos o final do filme. Saíamos correndo do cinema a poucas quadras do apartamento da Vó para não perdem o trem, digo, o carro.
Às 16 horas ele dava partida no seu Simca, sempre com a frase: “quem vai, vai... quem não vai, fica!”
E ficava mesmo!
Certa vez, dei bobeira jogando tênis com meus primos na Hípica e fiquei para trás.
Aos doze anos, ainda não pegava ônibus sozinho e contei com a benevolência e carinho do meu tio Gê, que me levou até a Capital.
Depois disso, meu pai me levou até o juizado de menores e fizemos uma carteira (como uma habilitação) que me autorizava viajar desacompanhado “por via terrestre, aérea ou marítima”, como estava escrito no documento.
Aquilo me deu uma liberdade enorme.
Ia para Campinas na hora que queria e voltava também. Isso para um moleque de treze anos era uma maravilha.
Quando comprou e começou a vir para a fazenda, em 1969, saia de São Paulo logo depois do almoço. Eu vinha no final da tarde, depois das aulas com minha irmã. Na maioria das vezes ficava em Campinas para jogar tênis na Hípica no sábado.
A partir do momento que recebi minha carteirinha, fiquei mais livre.
Quando passei para o Cientifico (antigo, né?), tinha aulas aos sábados, e muitas vezes vinha para Campinas de trem.
Herdei muito dessa pontualidade, mesmo porque vivo de horários (nas aulas). Raramente, chego atrasado para trabalhar, foram pouquíssimas vezes desde que dou aulas que um aluno me esperou depois da hora marcada.
Sou pontual desde a adolescência.
Até meu casamento foi pontual, nada de atraso, às 20 horas a noiva estava entrando na Igreja.
Até hoje quando alguém da família olha no relógio e apressa os outros, dizemos:
“Tá com pressa Seu Macedo?!”
Nas fotos: O relógio do Liceu.
Meu pai abrindo a formatura de uma classe do Vocacional nos anos 60 e a mesa com os Professores.

“Minha primeira CNH”


Quando eu tinha uns sete ou oito anos achei que precisava de uma carteira de motorista para dirigir minha bike e meu carrinho de pedal.
Havia um funcionário da escola (onde eu morava) que quando cruzava comigo perguntava: “cadê sua carteira de motorista?”.
Então, resolvi surpreendê-lo.
Baseado na carteira de habilitação do meu pai, cortei um papelão, reproduzi algumas coisas que estavam escritas lá, coloquei meu nome e arranjei um plástico para protegê-la (como todas as carteiras).
Fiquei pronto para quando o funcionário fizesse a gracinha, dava-lhe uma “carteirada”.
Porém, certo dia a carteira ficou mais autêntica.
Como era de costume, meu recebia as visitas que iam ao Liceu para palestras, cursos e oferecia um jantar no nosso apartamento.
Estiveram lá o Prefeito Faria Lima (antes de se tornar avenida...), o Governador Abreu Sodré (que gosta de tomar um “scotch” com o Macedão), artistas, autoridades, entre outros.
Um dia, ou... numa noite, meu pai pede para me chamarem no quarto.
“Silvio, vem aqui na sala e traz a sua carteira de motorista”.
Não imaginei o que poderia ser...
É que estava lá, naquela recepção o Diretor de Transito e famoso na época, Paulo Pestana.
Ele pegou a carteira, olhou, tirou do plástico, colocou o nome e assinou.
Pronto, agora minha carteira era oficial, chancelada pelo diretor do D.E.T.
Na foto: a verdadeira cnh, 50 anos depois...