Como hoje, era um Domingo de carnaval.
Ainda criança foi morar em Campinas, mais precisamente no Descampado, sítio nos arredores de Viracopos.
Lá estudava, e começou a trabalhar aos 11 anos. Por isso sempre fala que é contra essas leis modernas que proíbem aos adolescentes de trabalhar.
“Nunca fiquei traumatizado por isso!” diz ele sempre que o assunto vem à baila.
Depois estudou e morou em Campinas onde cursou a Escola Normal e se formou Professor.
Antes de fazer sua maior empreitada, a construção do Liceu Eduardo Prado, lá no brejo da Rua Jacurici (pelo menos era lá pelos anos 50), teve várias atividades, entre elas a de entregador de jornais quando virou jornalista. Também teve uma fábrica de louças em Pedreira, em 1944.
Homem de visão, previu o crescimento da Capital em direção ao rio Pinheiros e lá construio o prédio do Liceu, em 1954. No fim dos anos 70 criou um Condomínio, modo de morar que seria a procura de muitos nos anos 90.
Imaginem a experiência de quem viu a criação do rádio, o Zepelim voando em São Paulo, a primeira transmissão de TV, também no centro da Capital, a televisão com transmissão a cores, a descida do homem na lua, a invasão dos computadores em nossas casas, inclusive na dele que aos 84 anos, todo dia responde e-mails e elabora um jornal do Condomínio!
Quando deixou a escola, em 1971, continuou com o CEL-LEP, tendo o Professor Walter Toledo Silva como sócio.
Em 1978 saiu da sociedade da escola de línguas para se dedicar à sua segunda grande empreitada: O ”Condomínio Duas Marias”, na área em que ficava sua fazenda com o mesmo nome. Dentro do Condomínio, onde ficava a sede da fazenda, instalou o Hotel Fazenda Duas Marias, mais uma novidade na época.
Em 1978, a preocupação de fazer um Condomínio fechado, por incrível que pareça não era a segurança! Ele queria apenas mais gente morando perto dele, talvez para ter companhia para a cerveja e o Uísque!
Casou em 16 de Maio de 1946 com Zélia Fonseca de Barros, que virou Macedo e mãe de cinco filhos. Entre eles este que voz escreve, que foi o último.
Aqui foi uma pequena, mas muito pequena e rápida história da vida do meu Pai. Talvez eu precisasse de muitos “posts” para contar sua vida que, aliás, ele já contou num livro, mas sob o seu ângulo. Espero dentro de alguns meses escrever essa história sob outro ângulo: o meu, dos familiares e amigos.
Bom, tudo isso foi uma introdução para dizer que agradeço a tudo que ele proporcionou e proporciona a mim, meus irmãos, sobrinhos, netos e agora bisnetos (represa, Cigarras, Praia Grande, viagens, etc.).
Porém, o mais importante, uma coisa que abre todas as portas e ajuda em qualquer situação: EDUCAÇÃO.
Também devo dizer que dou “a mão à palmatória” (isso é do tempo de Casa Branca!) e concordo que ele estava certo em tudo que me diz e me disse. Os caminhos a seguir, as atitudes, as decisões a tomar.
Mais uma vez obrigado e...
Parabéns!
Obs.: Para os que ficam sem jeito de perguntar: o Macedão está firme e forte, morando em Jaguariúna, tomando sua cerveja e seu uísque!
Meu Pai e minha Mãe no aniversário dele no ano passado.

Um comentário:
quero deixar meu abraço a este homem maravilhoso...o professor Macedo do lep...o macedão do nosso coração...
parabéns!!!!!!!!
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