Quem se
lembra desse bordão?
Eu sempre
falo isso para meus alunos. Só os mais velhos entendem.
(Para os mais novos)... Era o que o mestre de
Kung-fu falava para seu discípulo no seriado “Kung-fu”, febre nos anos 70.
Eu sempre
fui um cara tranqüilo, mas também tenho aqueles minutos de pressa, raiva,
impaciência, entre outras “qualidades”.
Em 1999,
estava à beira de um estresse, por incrível que pareça, para muitos que me
conhecem.
De uns
cinco ou mais anos para cá resolvi tentar começar a ficar mais tranqüilo.
Realmente
reduzi em setenta por cento, minha taxa de irritabilidade; talvez um pouco
mais, ou menos, não conseguindo ainda chegar a um índice “Tibetiano”...
Não que eu
tenha recorrido às filosofias Orientais, religião, livros de auto-ajuda ou
coisas parecidas. Parece estranho, mas para melhorar, você precisa de
treinamento, como num esporte.
Primeira decisão: pensar se aquilo, que você acha
que te irrita, te irrita mesmo...
Segunda: quando ia reclamar de alguém,
pensava um pouco e via se eu não agia ou nunca agi daquela maneira.
Terceira: esquecer as coisas ruins e
valorizar as coisas boas: sim, não fique pensando no que alguém fez de ruim
para você. Pense no que realmente tem de bom na sua vida.
Quarta: Valorize qualquer coisa,
atividade, por menor que seja e que te faz bem.
Quinta: mesmo sabendo coisas horríveis
sobre uma pessoa, não passe à frente. Só se for questionado e o fato for
relevante.
Sexta: cuide da sua vida, não queira
comparar com a vida dos outros. Tenha seu objetivo realmente focado no que você
quer. Não no que o outro tem ou faz e você quer igual ou mais.
Sétima:
Valorize as pessoas que estão com você, e sempre te dão apoio. Pais, irmãos,
sobrinhos, cunhados e principalmente sua mulher e filhos.
Oitava: Tolere as diferenças, aceite as
pessoas como são; seus gostos e opiniões. É claro, que se isso não interferir
maleficamente na vida dos outros.
Essa lista
é muito mais extensa, mas fiquei só em algumas decisões. Faça a sua lista.
Voltando ao
meu “treinamento”, uma coisa que me deu muita paciência e visão das coisas foi
andar de bicicleta. Não que eu faça por esporte, ecologia; mas por que estou
sem carro há cinco anos.
Antes, eu
era apressado, não só no transito, como nas coisas do dia a dia.
Por
incrível que pareça, e isso não é filosofia barata ou de um cara frustrado. A
bicicleta, indiretamente, fez com que eu tivesse noção e percepção de que tudo
tem seu tempo.
Quando vou
daqui para o Condomínio Duas Marias, sei que demoro de dezoito a vinte minutos.
Não dá para fazer como fazemos de carro; pular lombadas, não parar nas
esquinas, ultrapassar os outros, para chegar logo. Eu vou sempre demorar esses
dezoito minutos. Também sei que aquela longa subida que tenho na ida e na
volta, só vai ser transposta com paciência, perseverança e tempo.
Na vida as
coisas são assim. Não que você vai ficar parado esperando os fatos acontecerem,
mas deve se analisar o tempo real e de amadurecimento para que aquilo saia bem
feito e não te deixe estressado.
Tudo isso
que eu escrevi foi para contar uma coisa incrível!
Talvez por
esses anos de treinamento e pelo fato do meu índice de “irritabilidade” ter
baixado tanto, deixei de lado um terrível e péssimo hábito que carregava desde
os dez anos de idade (portanto há quarenta e seis anos, se não me falha a
memória...). Foi naturalmente, não pensei, não usei métodos ou remédios:
Parei de
roer unhas!
Um comentário:
Que fasntástico. A ansiedade é minha maior rival, o pior é deixo minha maior inimiga viver dentro de mim. Amo esse bordão e só pensar nele já me deixa mais zen. Amei seu texto. Parabéns pela conquista!
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