terça-feira, 18 de junho de 2013

“O que você quer ser quando crescer?”

Antigamente, mais do que hoje, essa pergunta era feita às crianças.
Hoje, acho que elas nem sabem, só sabem que tem que fazer algo para ganhar bastante dinheiro; pelo menos é isso que a maioria dos pais põe nas suas cabeças.
Eu, por exemplo, não imaginava ser professor de tênis até uns dois antes de me tornar um.
Para falar a verdade, durante os doze primeiros anos de vida, nunca pensei no que queria ser quando crescesse.
Desde o ginásio (isso é velho, hein?) eu já pendia para a Arquitetura, Engenharia ou “Desenhador” de carros (qual a palavra em Português para “Designer”?).
Sempre tive essa queda para o desenho. Quando tinha seis anos, juntava uma porção de gente na praia para me ver desenhando personagens Disney na areia. Acho que aí eu já mostrava que tinha esse lado artista, mas acho que foi aí também que já comecei a me mostrar péssimo no lado comercial; eu devia ter colocador um chapeuzinho, onde pudessem colocar uma graninha!
Eu desenhava muito, era no papel da padaria, nas folhas usadas do meu pai ou em qualquer lugar que tivesse uma parte em branco.
Tive dois mestres informais: Tio Beto, que me ensinou algumas técnicas e até, não me esqueço até hoje, como apontar um lápis para a boa execução de um desenho.
Outro que me ensinou muito foi meu amigo Márcio Régis. Quando estudávamos no científico (isso também é velho, hein?), ficávamos até altas horas desenhando lá em casa. Ensinou-me como iniciar um desenho, como usar cada material: lápis, carvão, etc. Ele até trabalhou na “Hanna & Barbera”.
Entrei na Faculdade de Artes Plásticas da FAAP, fiz um semestre, mas fui para a Arquitetura.
Realmente, nos quatro anos em que cursei a Faculdade, e mais dois depois dela, realmente achei que seria um Arquiteto.
Novamente, a falta de tino comercial e empresarial talvez tenha me afastado dessa profissão, pois na parte de projeto, acho que eu era até bom. Pelo menos meu amigo Luís não se conformava com o desvio nas minhas atividades.
No fim, fui ser professor de tênis. Ainda não consegui fazer o que queria, montar uma equipe de professores e comandá-los. Também não ganho o suficiente para dizer que estou sossegado. Mas de uma coisa tenho certeza, poucas pessoas ensinam como eu.
O que eu me lembro bem é que quando eu tinha uns cinco e me perguntavam o que eu queria ser quando crescesse, minha resposta era rápida e certeira:
“Playboy!”, isso sim era uma boa profissão!
Eu na época em queria ser Play-boy.



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