sábado, 22 de junho de 2013

“Cenas de um casamento”


(Postagem de 07 de Outubro de 2012)
Ontem, como muitos puderam ver, completei vinte e cinco anos de casamento.
Se qualquer outra pessoa fosse minha “noiva” ou fosse o “noivo” da Raquel, desistiria do casamento antes mesmo de acontecer. Na verdade, nem ficamos “noivos”.
Talvez por isso estamos juntos até hoje.
Tudo começou quando resolvemos casar.
Eu disse: casamos em Agosto.
Raquel achou muito em cima, alem do mais, Agosto é mês de “cachorro louco”!
Setembro?
Não encontramos vaga na igreja onde ela queria.
Então ficou para a primeira segunda-feira de Outubro, à noite.
Segunda já era um dia meio estranho, mas vamos lá!
Convites, listas, quase tudo pronto, mas aí começa o que eu disse acima, qualquer “nubente” desistiria dizendo “Isso num vai dar certo!”
Primeiro ato: precisamos de alianças. Eu disse para a Raquel comprar, já que ela estava em São Paulo era mais fácil.
Então, ela foi comprar numa Sexta-feira, numa joalheria perto do escritório na Luis Coelho. Detalhe: essa sexta era uma antes da segunda do casamento!
Ela disse para o joalheiro:
“E se não servir?”
“Ah, ele vem aqui e ajustamos”.
“Mas casamos na segunda!’
Segundo ato: chego à igreja uma hora antes do casamento. Vazia.
Chegam os músicos (meu primo Olmair e Edu Helou). Escolhemos uma ou outra música na hora. Imaginem, tem gente que programa as músicas um ano antes!.
Chegam também os cinegrafistas: Marco Ricca (meu concunhado na época) e seu amigo, que aliás não me conhecia e perguntou: você é padrinho da noiva ou do noivo.
Não, eu disse, “sou o noivo!”
Caramba! O cara vai casar daqui meia hora e está aqui ajudando a descarregar as luzes, maquinas, etc!
Terceiro ato: a noiva entra na igreja e vê o noivo.
Leva um susto! O terno era horrível! Também, aluguei uns dias antes...
Tudo sozinho, sem “pesrsonal stylist”. Eu poderia dizer que o meu era o Falcão; não o jogador elegante, mas o cantor Cearense!
Quarto ato: Na festa, simples, na casa dos meus sogros, descubro, que meus sapatos eram diferentes um do outro!
Na verdade, eu não tinha sapatos, fui na loja, experimentei dois pares, escolhi um, e o incompetente do atendente, colocou um de cada na caixa. Na hora de me vestir, nem vi.
Quinto ato: no dia seguinte, na hora de ir para o aeroporto, vi que tinha esquecido minha mala em Jaguariúna. Tudo bem, viajo sem mala e compro umas roupas lá. Foi o que fiz.
Sexto ato: na viagem uma série de “foras”.
Esquecemos bolsa na Disney; perdemos o carro no estacionamento do Epcot; perco a raquete que me foi emprestada para o curso de professores (depois achei); fechamos ao carro com a chave dentro, etc...
Bom, imagine essa dupla em quase vinte oito anos de trapalhadas contínuas...
Com tudo isso, você continuaria casada com um desses dois?







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