Meu amigo Beto Penna foi um dos pioneiros do esporte. Depois de apanhar muito, ficou craque, inclusive em competições.
Eu aprendi e até fazia direitinho, mas só com vento fraco!
Passamos aquele Verão fazendo Wind-surf (além do futebol, taco na praia e um "pouco" de paquera, hahaha!).
Na verdade já vínhamos praticando antes da novela ir ao ar.
Alguns anos depois, conciliando minha prática com a facilidade que tenho em ensinar, tive a honra de ter como aluno de Wind-surf o meu ídolo Thomaz Koch, no lago do Hotel.
A história que vou contar aqui aconteceu em Ilhabela, 1986.
Eu já havia aposentado minha prancha, mas estava na Praia do Julião, perto da Feiticeira e um rapaz tentava de toda maneira praticar Wind, ou melhor, ficar em cima da prancha!
Cheguei perto e comecei dar uns toques:
“Levanta a vela assim, se posicione deste jeito, use a mão esquerda para isso, a direita para aquilo, etc”.
O cara deve ter pensado: “O que esse gordo tá falando, não deve nem saber como ficar em pé na prancha!”.
Quando ele se cansou e estava tirando a prancha da água, pedi permissão para dar uma voltinha, já que o vento estava ideal para quem estava fora de forma.
Ele concordou e deve ter pensado: “Quero ver o Dumbo na prancha!”.
Com a água abaixo do joelho, eu subi na prancha com a vela em pé e saí deslizando prá cima e prá baixo, lembrando dos tempos das Cigarras com o Penna.
Quando voltei, sequinho, depois de alguns minutos, o rapaz confessou que não acreditava que eu sabia andar de Wind-surf.
Não precisava dizer. Eu vi na cara dele!
Abaixo: Em 1979 o Penna mostrando a categoria entre São Sebatião e Ilhabela.
As dificuldades: Vento forte e as ondas.


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