Lembro-me bem.
Era uma quarta-feira como a de ontem, mas em 1969, e no Pacaembu jogariam
Corinthians e Cruzeiro (hoje vão jogar no Canindé).
O time de Minas era sensação desde 66, quando quebrou a hegemonia do Santos no cenário do futebol Brasileiro.
Tinha craques como Dirceu Lopes, Eduardo, Piazza e Tostão.
Eu não imaginava, mas presenciaria uma cena que entraria para a história do futebol brasileiro e é lembrada até hoje.
Fui ao jogo com o Expedito, motorista do meu pai, que me levava junto com alguns amigos aos jogos no Pacaembu, Morumbi e claro, no Palestra Itália. Fazíamos uma “vaquinha’ para pagar o ingresso dele (e uma cervejinha...) e lá íamos nós no Fusca quatro portas 1600 branco do meu pai.
Eu e alguns amigos tínhamos times diferentes, mas além dos jogos dos nossos times, costumávamos assistir qualquer jogo da rodada.
Murilo e Márcio “Joe” eram Santistas. Edmundo era São Paulino. Márcio Gaspar torcedor do Flu e eu, Arnaldo e o Marcos Carioba, Palmeirenses, com direito a bandeira.
Nesse dia estávamos somente eu e o Expedito.
Duas coisas aconteceram nesse jogo que eu não esqueço:
Primeiro, um Corintiano que estava ao meu lado nas cadeiras sem número “larapiou” meu radinho de pilhas, onde escutava os jogos do Palestra e a rádio Excelsior AM.
Como acontecia no meio do jogo e fazia parte do ritual, era hora da merenda... Quando fui pegar e pagar o “cachorro quente”, coloquei o radio do meu lado esquerdo, fiz todos os trâmites e quando me virei para pegar meu radinho, não estava mais lá!
Nem o aparelho, nem o Corintiano...
Porém, uma jogada que seria normal foi fatídica, histórica e lamentável.
Quando Tostão e o zagueiro Ditão do Corinthians dividiram uma bola na entrada da área, o beque deu um chutão que pegou de raspão no olho do atacante Mineiro, um dos melhores jogadores do Brasil.
O resto da história, a maioria de vocês sabem: deslocamento de retina, operação em Houston, campeão da Copa de 70 com meia visão e o fim da carreira meses depois de ir para o Vasco da Gama.
Tostão voltou à Medicina e quase não assistia ou falava de futebol, até que anos mais tarde voltou e virou comentarista e articulista de um jornal.
Vejam como é o destino: eu perdi meu radinho e ele a carreira.
E imaginem se naquela dividida não estivesse o Ditão e sim o Ramos Delgado, Roberto Dias ou Luis Pereira, com certeza nenhum deles daria um chutão; sairia jogando com muita classe e o “Tusta” jogaria e nos encantaria por mais alguns anos!
O time de Minas era sensação desde 66, quando quebrou a hegemonia do Santos no cenário do futebol Brasileiro.
Tinha craques como Dirceu Lopes, Eduardo, Piazza e Tostão.
Eu não imaginava, mas presenciaria uma cena que entraria para a história do futebol brasileiro e é lembrada até hoje.
Fui ao jogo com o Expedito, motorista do meu pai, que me levava junto com alguns amigos aos jogos no Pacaembu, Morumbi e claro, no Palestra Itália. Fazíamos uma “vaquinha’ para pagar o ingresso dele (e uma cervejinha...) e lá íamos nós no Fusca quatro portas 1600 branco do meu pai.
Eu e alguns amigos tínhamos times diferentes, mas além dos jogos dos nossos times, costumávamos assistir qualquer jogo da rodada.
Murilo e Márcio “Joe” eram Santistas. Edmundo era São Paulino. Márcio Gaspar torcedor do Flu e eu, Arnaldo e o Marcos Carioba, Palmeirenses, com direito a bandeira.
Nesse dia estávamos somente eu e o Expedito.
Duas coisas aconteceram nesse jogo que eu não esqueço:
Primeiro, um Corintiano que estava ao meu lado nas cadeiras sem número “larapiou” meu radinho de pilhas, onde escutava os jogos do Palestra e a rádio Excelsior AM.
Como acontecia no meio do jogo e fazia parte do ritual, era hora da merenda... Quando fui pegar e pagar o “cachorro quente”, coloquei o radio do meu lado esquerdo, fiz todos os trâmites e quando me virei para pegar meu radinho, não estava mais lá!
Nem o aparelho, nem o Corintiano...
Porém, uma jogada que seria normal foi fatídica, histórica e lamentável.
Quando Tostão e o zagueiro Ditão do Corinthians dividiram uma bola na entrada da área, o beque deu um chutão que pegou de raspão no olho do atacante Mineiro, um dos melhores jogadores do Brasil.
O resto da história, a maioria de vocês sabem: deslocamento de retina, operação em Houston, campeão da Copa de 70 com meia visão e o fim da carreira meses depois de ir para o Vasco da Gama.
Tostão voltou à Medicina e quase não assistia ou falava de futebol, até que anos mais tarde voltou e virou comentarista e articulista de um jornal.
Vejam como é o destino: eu perdi meu radinho e ele a carreira.
E imaginem se naquela dividida não estivesse o Ditão e sim o Ramos Delgado, Roberto Dias ou Luis Pereira, com certeza nenhum deles daria um chutão; sairia jogando com muita classe e o “Tusta” jogaria e nos encantaria por mais alguns anos!
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