terça-feira, 10 de janeiro de 2017

“Conde di Médici”



Em Janeiro de 1970 fiz uma viagem inesquecível.
Fui para o México e Estados Unidos num grupo de adolescentes do Liceu Eduardo Prado e do Pio XII.
O bando... digo, a turma era capitaneada pela Professora Vera do Liceu e a “Sister” Ângela, do Pio XII.
Um roteiro que acredito não existe mais, principalmente para um grupo de “pirralhos” entre 13 (eu) e 18 anos.
Cidade do México, Los Angeles, São Francisco, Cataratas do Niágara, Washington, Nova Iorque e Miami... ufa!
Todo circuito feito por avião.
Aconteceu muita coisa. Algumas estórias já contei aqui (a ultima foi “O segura velas” dias atrás).
No nosso terceiro dia na Cidade do México a “mulecada” resolveu que ia jantar num finíssimo restaurante. Tão fino, que a entrada só era permitida de “saco y corbata” para os homens.
À tarde, a Professora Vera ligou para o restaurante para fazer a reserva e nosso colega Marco Antonio Goulart o "Marquito", poliglota e conhecedor de gastronomia e enólogo (isso aos quinze anos!), pediu para falar.
Do nada, ele começou dizendo que era assessor de um tal “Conde di Médici” e queria fazer uma reserva para o nobre e sua comitiva de umas quinze pessoas.
Não contente, perguntou se alguém na casa falava Italiano para atende-lo; queria falar sobre menu e carta de vinhos.
E não é que realmente havia um Italiano de plantão!
A conversa durou alguns minutos, versando sobre pratos, entradas, vinhos e tudo que um Conde e sua comitiva esperam de um bom jantar.
Reserva feita e naquela noite chega ao luxuoso restaurante uma Freira, uma linda Professora, algumas meninas bem vestidas, os meninos de “saco y corbata” e nenhum Conde!

Na foto: 1970, eu nas piramides do México com a comitiva do "Conde"

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