sábado, 4 de abril de 2015

“Diferença de idade”

Esse negócio de diferença de idade é muito interessante e traz momentos que não esquecemos. Na maioria das vezes, hilários...
Quando algum aluno reclama do calor, que está cansado, ou ainda com alguma dor, eu digo: “é, quando eu chegar nessa idade acho que também ficarei assim!”
Detalhe, a maioria deles está na casa dos quarenta e eu já sou “5.8”!
É nos relacionamentos que a diferença de idade causa momentos engraçados.
Lembro que algumas vezes, quando eu tinha uns cinco anos, confundiam meu pai como sendo meu avô.
“Compre um para seu netinho". O netinho era eu!
É claro que uns trinta e cinco anos mais tarde seria a minha vez. Em algumas ocasiões falavam para a Fernanda: “vai lá com o Vovô...”
A única compensação foi o dia que uma senhora, muito bonita e elegante disse para a Fefê, ainda com uns dois anos: “Que avô enxuto e charmoso, hein!?”
Obviamente não desfiz o engano, só aproveitei o lado bom da coisa.
Às vezes é o contrário. Quando eu tinha dezenove anos, “ficava” com uma amiga de vinte e sete, foi o suficiente para a observação rápida e curta da Dona Zélia: “Ela é mais velha que você, né?”
Quando eu tinha uns vinte e cinco, e andava com uma menina de quinze, a observação foi mais curta e decisiva, dela... Da sacada do seu apartamento no centro de Campinas, meio sem assunto, caí na besteira de dizer: “Nossa! Eu pegava o bonde aqui para ir ao cinema!”
Resposta rápida da guria: “Putz, você andou de bonde?!”
Foi o suficiente para ver que aquilo não ia dar certo.
Mesmo sem fazer restrições (para mais ou para menos diferença de idade), no final encontrei, namorei e me apaixonei por uma “garota” da minha idade e estamos juntos até hoje.
Um parente casou-se com uma mulher bem mais jovem. Inevitável os “foras”...
Coisas mais ou menos como:
“Ele é seu pai?”
“Seu pai já pegou a encomenda...”
O importante é que levam na boa e são felizes.
Meu “parente” até teve um ”netinho”, digo, mais um filho.
Sempre preciso ser rápido nas respostas quando o assunto é idade, ou a diferença dela.
Uns meses atrás vi uma menina muito bonita que trabalha no comercio em Holambra e sem maldade, apenas por que tenho um olho clínico para isso, disse:
“Puxa, você já fez umas fotos? Tem um rosto bonito, deve fotografar bem!”. Tudo sem segundas intenções.
A conversa seguiu e caímos no papo de idade. Falei a minha, e ela, talvez imaginado já uma “terceira” intenção disse:
“Puxa, você tem idade para ser meu pai!”.
Como não perco oportunidade, emendei:
“Num sei... qual o nome da sua mãe?”
Na foto: nem mais nova, nem mais velha, encontrei uma contemporânea...(1986)

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