Você deve conhecer algum...
É aquela pessoa que estraga uma surpresa, que corta um momento que você está curtindo, que conta o fim do filme ou da piada.
Todo estraga-prazer é um chato, mas nem todo chato é um estraga-prazer.
Tem também aquele estraga-prazer que fica sendo sem ser. O descuidado, conta para uma pessoa, por exemplo, que vai acontecer uma festa surpresa para ela.
Quando eu tinha uns sete ou oito anos mais ou menos e já não acreditava em Papai Noel... putz, você acredita? Estraguei tudo...
Mas continuando, quando eu tinha sete ou oito anos e já não acreditava em Papai Noel, fazia que acreditava, para não ser um “estraga-prazer” com meus pais, que acreditavam que eu acreditava.
Na noite de Natal, disse para os meus primos para irmos dormir para o bom velhinho deixar nossos presentes na sala. Não é que um dos primos, com muita satisfação em ser um “estraga-prazer”, me disse que Papai Noel não existia!
Prá que!
Sorte que eu já sabia, mas insisti com ele que acreditava, para não estragar seu prazer de ser um “estraga-prazer”.
Agora o maior estraga-prazer que conheci, e só fez isso uma vez comigo, foi um amigo meu da Praia das Cigarras.
Eu tinha treze anos e estava com uma menina que havia conhecido no bailinho de Carnaval (matinê) uns dias antes.
Na quinta feira de cinzas (sempre chamei assim as quintas e sextas depois do carnaval), a praia estava vazia e fui com a bonitinha passear nas pedras na ponta sul das Cigarras.
Já fora do raio de visão de uns poucos gatos pingados que estavam na praia numa quinta à tarde, começamos a trocar uns beijinhos.
A coisa esquentou e dei o meu primeiro beijo de verdade.
Nada de “uva, pêra, maçã’ ou aquele beijinho rápido. Foi primeiro ‘beijo-beijo”.
Ela não sabia e talvez nunca ficasse sabendo que foi o meu primeiro.
Depois de uns minutos, já me aperfeiçoando na arte, meu amigo aparece lá, Escalando as pedras como se fosse o soldado ateniense Fieldípedes passando uma mensagem depois de correr quarenta e dois quilômetros!
“Seu irmão está te procurando!”
Levantei-me, dei um último beijinho (penúltimo...). De mãos dadas com minha “professora” voltei pelas pedras para a praia a caminho do clube. Precisava encontrar meu irmão e saber qual era a “urgência”, não sem antes dar mais um, aí sim o último, beijo de despedida e marcando um encontro para o outro dia.
Quando a menina se afastou um pouco, indo em direção à sua casa, o filho da p#*@ do meu amigo diz;
‘Há, há, há... É mentira, seu irmão não te chamou’ há, há, há!”
Saindo das minhas características e adepto da filosofia de “não-violência”, dei um “bifa” no moleque...
Puta “estraga-prazer”!
Todo estraga-prazer é um chato, mas nem todo chato é um estraga-prazer.
Tem também aquele estraga-prazer que fica sendo sem ser. O descuidado, conta para uma pessoa, por exemplo, que vai acontecer uma festa surpresa para ela.
Quando eu tinha uns sete ou oito anos mais ou menos e já não acreditava em Papai Noel... putz, você acredita? Estraguei tudo...
Mas continuando, quando eu tinha sete ou oito anos e já não acreditava em Papai Noel, fazia que acreditava, para não ser um “estraga-prazer” com meus pais, que acreditavam que eu acreditava.
Na noite de Natal, disse para os meus primos para irmos dormir para o bom velhinho deixar nossos presentes na sala. Não é que um dos primos, com muita satisfação em ser um “estraga-prazer”, me disse que Papai Noel não existia!
Prá que!
Sorte que eu já sabia, mas insisti com ele que acreditava, para não estragar seu prazer de ser um “estraga-prazer”.
Agora o maior estraga-prazer que conheci, e só fez isso uma vez comigo, foi um amigo meu da Praia das Cigarras.
Eu tinha treze anos e estava com uma menina que havia conhecido no bailinho de Carnaval (matinê) uns dias antes.
Na quinta feira de cinzas (sempre chamei assim as quintas e sextas depois do carnaval), a praia estava vazia e fui com a bonitinha passear nas pedras na ponta sul das Cigarras.
Já fora do raio de visão de uns poucos gatos pingados que estavam na praia numa quinta à tarde, começamos a trocar uns beijinhos.
A coisa esquentou e dei o meu primeiro beijo de verdade.
Nada de “uva, pêra, maçã’ ou aquele beijinho rápido. Foi primeiro ‘beijo-beijo”.
Ela não sabia e talvez nunca ficasse sabendo que foi o meu primeiro.
Depois de uns minutos, já me aperfeiçoando na arte, meu amigo aparece lá, Escalando as pedras como se fosse o soldado ateniense Fieldípedes passando uma mensagem depois de correr quarenta e dois quilômetros!
“Seu irmão está te procurando!”
Levantei-me, dei um último beijinho (penúltimo...). De mãos dadas com minha “professora” voltei pelas pedras para a praia a caminho do clube. Precisava encontrar meu irmão e saber qual era a “urgência”, não sem antes dar mais um, aí sim o último, beijo de despedida e marcando um encontro para o outro dia.
Quando a menina se afastou um pouco, indo em direção à sua casa, o filho da p#*@ do meu amigo diz;
‘Há, há, há... É mentira, seu irmão não te chamou’ há, há, há!”
Saindo das minhas características e adepto da filosofia de “não-violência”, dei um “bifa” no moleque...
Puta “estraga-prazer”!
Na foto: a deliciosa Praia das Cigarras, com as pedras ao fundo, onde aconteceu a história. Vazia, provavelmente num dia útil como o daquele dia. mais ainda, pois foi no inicio dos anos 70.
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