sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

“O buquê”

Existem cenas que não esquecemos; mesmo mais de vinte e o sete anos depois.
Data: Seis de Outubro de 1986.
Evento: Meu casamento.
Local: Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Não, não foi à entrada da noiva, a música, o padre, o “sim” ou o beijo...
Aconteceu após cerimônia e depois de receber cumprimentos de mais de 300 convidados.
Nessa hora, poucas pessoas estavam ali do lado de fora da Igreja, quase todos convidados haviam ido embora.
Estávamos saindo da igreja para pegar o carro e ir para a casa da minha sogra, onde teríamos um jantar em “petit-comitee”, quando alguém lembrou que a noiva tinha que jogar o buquê.
Só algumas amigas e sobrinhas ainda estavam lá, mesmo assim o ritual deveria ser seguido.
A Maria Raquel voltou para frente da igreja para executá-lo.
As meninas ficaram na calçada e ela ficou de costas, uns degraus acima para fazer o arremesso.
Eram menos de dez meninas.
Ao lado, só de “butuca”, meu sobrinho Roberto, então com uns nove ou dez anos, rondava o local com as duas mãos no bolso da elegante calça, feita para ir ao casamento do tio.
Na hora reparei que alguma idéia travessa passava pela cabeça daquele moleque...
Mas, o que?
Aconteceu... foi no momento em que a noiva contou até três e jogou o buquê.
O Beto deu dois passos para o lado e executou uma “ponte”, talvez inspirado pelo grande goleiro Neneca, campeão do Bugre em 78, pegou o buquê no alto, caiu no chão e saiu correndo e festejando como se tivesse defendido o último pênalti da final de um campeonato.
As meninas, é claro, correram atrás dele!

Nas fotos: Maria Raquel, Ricardo e o buquê. Beto, talvez contando para os tios como fez a grande defesa!

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