Eu dizia:
Bonitinha, ela respondia, bonitão...
Fofinha. Ela fofão...
Gostosinha. Ela, gostosão...
Moreninha... morenão!
E assim ia...
Até que um dia, depois daquela introdução toda, eu disse:
Fernandinha.. ela, sem pestanejar replicou: Fernandão!
A Mariana tinha uns dois anos e a Maria Raquel ia semanalmente trabalhar em São Paulo.
Ia Terça e voltava Quarta ou Quinta.
Ela, é claro, sentia falta, mas tinha uma maneira peculiar de dizer, uma não teve duas!
Um dia, na área do Hotel, havia uma arara que gritava muito. Sua Vó Maria disse, olha a arara, como grita!
Ela então contou:
Ela está triste, por que a mãe dela foi trabalhar em São Paulo... mas volta logo!
Outra vez, ela disse para a tia Rachel:
Vamos brincar de "Mamãe e filhinha"?
Sim, disse minha irmã, como é?
Ela pegou uma pasta na sala e explicou:
Eu sou a Mamãe, vou sair para trabalhar, você (a filha) chora, e eu volto!
Mariana: sempre achando uma maneira sutil de dar o recado.
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